Qualquer avaliação de risco de nitrosaminas significa que também precisamos avaliar a rota de síntese do IFA, em busca das condições que poderiam levar à formação de uma nitrosamina.
Mas quantas etapas da rota de síntese do IFA de fato podem trazer risco e precisam ser consideradas nessa avaliação?
Será que uma rota de síntese com uma única etapa sintética é informação suficiente?
Se forem considerados os princípios do ICH M7, o guia para avaliação do risco de impurezas mutagênicas, a avaliação deve começar a partir da introdução do material de partida, contanto que este seja adequado conforme definições do ICH Q11.
Porém, sabemos que muitas das rotas de IFAs comercializados atualmente não atendem a esse requisito, e por isso agências reguladoras vem recomendando também a avaliação da rota do material de partida (veja esse artigo publicado por uma colaboração entre 6 reguladores: Regulatory Experiences with Root Causes and Risk Factors for Nitrosamine Impurities in Pharmaceuticals).
Além disso, na versão 3 do Guia 50 publicado pela Anvisa, sugere-se que análise da rota de síntese do IFA seja feita por aquele que detenha a rota de síntese completa do ativo. Esclarece-se ainda que “O conhecimento da síntese completa do IFA engloba o conhecimento das rotas de síntese dos materiais de partida, o controle dos materiais e o conhecimento da rota de síntese em detalhes. Essas informações estão comumente nas partes restritas do Dossiê do Insumo Farmacêutico Ativo (DIFA).”
Assista a esse breve vídeo em que o Dr. Paulo Eliandro discute essa questão:
Para saber mais sobre ICH Q11 e definição de material de partida, assista ao vídeo abaixo: