As ditas impurezas azida encontradas na losartana, e potencialmente presente em várias outras sartanas, assim como em medicamentos de outras classes que utilizam fármacos obtidos através de reações com azidas, por exemplo azida de sódio, vem despertando a atenção das agências ao redor do mundo. A classe de impurezas azida apresenta propriedades mutagênicas, desse modo, deve ser estabelecido um controle adequado para tais compostos nos IFAs e medicamentos. Entretanto, a dificuldade da identificação destas impurezas ocorre do mesmo modo que para as nitrosaminas, pois tratam-se de reações secundárias.
Uma avaliação crítica da rota é necessária para avaliar a presença de tais impurezas, além disso a avaliação da exposição para aplicação da opção 4 do ICH M7 é fundamental para entender qual a melhor estratégia de controle, ou seja, é necessária a realização de estudos de fator de purga na maior parte dos casos.
Para a elaboração dos cálculos de fator de purga é fundamental compreender a reatividade das azidas, como elas podem ser purgadas dos processos. Os fatores que poderiam contribuir são por exemplo, solubilidade, volatilidade, ionizabilidade e reatividade. Como demonstrado no exemplo, algumas reações que podem ser utilizadas para justificar a purga de azidas poderiam ser: reações de redução, seja por H2 Pd/C ou mesmo LiAlH4. Além destas reações, as azidas quando expostas a temperaturas elevadas , dependendo de sua estrutura, no caso vizinhas a carbonilas, podem sofrer rearranjo de Curtius originando uma estrutura de carbamato ou amina.